A equipe da Secretaria Municipal de Saúde participou na quinta-feira, 23, de reunião promovida pela 17ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). Na pauta, a discussão sobre a Pactuação dos Indicadores de Saúde de Chiapetta para o ano de 2017. Entre os objetivos, fortalecer a gestão da saúde, dando informações e subsídios para o planejamento das ações que o município precisa realizar e melhorar.
Conforme a coordenadora do processo de pactuação dos indicadores de saúde na área de abrangência da 17ª CRS, Rozeli Rita Rodrigues, o município de Chiapetta tem dentro da pactuação, várias ações com indicadores bons. Entre os destaques, a eliminação do mosquito Aedes Aegypti. “Nós já estamos no final de março, não tivemos nenhum caso de notificação de dengue. Isso se deve ao bom trabalho, a colaboração da comunidade que está preocupada, buscando se prevenir, fazendo a eliminação dos focos de criadouros de mosquito, garantindo que nenhuma pessoa adoeça com esta patologia” destaca. Para a Coordenadoria, esse é um avanço na região, porque no mesmo período do ano passado já havia um surto muito grande de casos de dengue. Além disso, o município se destaca com relação ao acompanhamento do pré-natal e também com as ações de prevenção e promoção às doenças crônicas.
A coordenadora de saúde ressalta ainda que há melhorias que precisam ganhar atenção. Entre elas: qualidade da água, redução de partos cesarianos, câncer e acompanhamento das famílias do programa bolsa família. No que diz respeito à água, os moradores da área rural precisam melhorar a questão de tratamento, pois estão consumindo água contaminada, provocando doenças para as pessoas. “A contaminação da água é uma das metas que foram pactuadas, e o município vai precisar trabalhar muito esse indicador, tratando os poços artesianos, principalmente, na área rural”, salienta Roseli.
Outro indicador que precisa melhorar é a redução do índice de partos com o nascimento por cesariana. Estudos comprovam que a criança que nasce de parto normal, tem menor chance de sofrer com doenças neurológicas. “Precisamos quebrar esse tabu de que é melhor o parto cesárea. É necessário conscientizar as famílias, não somente a gestante, porque são eles que vão acabar interferindo, apoiando ou não para que a mãe opte pelo parto normal”. A coordenadora frisa que a cesariana deve ser somente realizada com indicação clínica e que a gestante deve buscar sempre o parto normal, por ele ser mais saudável ao bebê e para si.
Trabalhar com a questão relacionada ao câncer, principalmente do exame preventivo de mulheres em idade fértil. Segundo Roseli, a prevenção é o caminho, pois nos casos de identificação de câncer precoce, as condições para tratamento são melhores, reduzindo os casos de óbito e de sofrimento. “Precisamos que as mulheres façam seu preventivo e tratem quando surgem alterações, assim como melhorar os exames de mamografia, pois sabe-se que o alto índice de câncer e de morte é ligado ao câncer de mama e de útero. Para isso, mulheres devem-se prevenir”.
Por fim, entre os indicadores que precisam ganhar atenção, está o acompanhamento das famílias do programa Bolsa Família. Roseli explica que são famílias frágeis, possuem riscos de adoecer e por isso precisam ser acompanhadas de perto pela equipe de saúde, pela assistência social e educação, garantindo saírem dessa condição frágil e de dependência. Outro avanço é que com o tempo não precisem receber o auxílio, por terem melhorado sua condição de vida, através de uma boa educação, de preparação para o trabalho e por não serem dependentes de problemas de saúde.
Em resumo, o encontro abordou a discussão da necessidade de melhorar as ações de prevenção, de promoção e a participação da comunidade para que melhorem seus hábitos de vida. Ao final, o Coordenador da Secretaria de Saúde, Lisandro Franco Pires reafirmou o seu compromisso e de sua equipe para atingir as metas dos indicadores, e, mais do que isso, trabalhar para oferecer um serviço qualificado com foco em um único objetivo: o bem estar e qualidade de vida da população chiapettense.
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